Vícios De Linguagem: Identifique O Erro!

by TextBrain Team 41 views

E aí, pessoal! Preparados para testar seus conhecimentos sobre os vícios de linguagem? Este é um tema que sempre aparece nas provas do ENEM e em outros vestibulares, então, bora ficar afiados! Vamos analisar juntos uma questão que vai direto ao ponto: qual das alternativas abaixo relaciona corretamente a oração e o vício de linguagem presente nela?

Desvendando a Questão

Antes de darmos a resposta, vamos dar uma olhada em cada alternativa e entender por que algumas estão certas e outras, nem tanto. Afinal, o importante é aprender e não apenas decorar, certo? Cada detalhe faz diferença na hora de gabaritar a prova!

a. "Haviam muitas pessoas de pé na sala." - barbarismo.

Vamos começar dessecando essa alternativa. Barbarismo é um tipo de vício de linguagem que envolve erros na grafia, pronúncia ou morfologia das palavras. Ele ocorre quando usamos uma palavra de forma incorreta, seja por desconhecimento da norma culta, seja por influência de outras línguas ou dialetos. No caso da frase "Haviam muitas pessoas de pé na sala", o problema não está exatamente na forma da palavra "haviam", mas sim na sua concordância. O verbo "haver", quando usado no sentido de existir, é impessoal e, portanto, não deve ser flexionado no plural. A forma correta seria "Havia muitas pessoas de pé na sala". Logo, o erro aqui é de concordância verbal e não um barbarismo. O barbarismo estaria mais relacionado a palavras como "menas" em vez de "menos", ou "adevogado" em vez de "advogado". Portanto, essa alternativa está incorreta. É crucial lembrar que a língua portuguesa possui regras específicas de concordância, e o desrespeito a essas regras pode comprometer a clareza e correção do texto. Além disso, o uso correto da norma culta é fundamental em contextos formais, como redações de vestibulares e documentos oficiais.

b. "Vamos tomar um drink mais tarde?" - preciosismo.

Essa alternativa nos leva ao preciosismo, que é o uso exagerado de palavras ou expressões consideradas rebuscadas, formais ou estrangeiras, com o objetivo de ostentar conhecimento ou elegância. O preciosismo pode tornar a comunicação artificial e pedante, dificultando a compreensão da mensagem. A frase "Vamos tomar um drink mais tarde?" contém a palavra "drink", que é um estrangeirismo, ou seja, uma palavra de origem estrangeira incorporada ao nosso vocabulário. No entanto, o uso de "drink" nesse contexto não configura necessariamente um preciosismo. A palavra já é bastante utilizada no dia a dia e não soa excessivamente formal ou pedante. Uma forma de tornar a frase mais preciosa seria utilizar uma expressão como "Vamos degustar um néctar vespertino?", que soa exagerada e deslocada. Portanto, a alternativa B também está incorreta. É importante ter em mente que o uso de estrangeirismos deve ser feito com moderação e de forma consciente, evitando a substituição desnecessária de palavras e expressões em português. O preciosismo, por sua vez, deve ser evitado em todas as situações, pois ele compromete a naturalidade e a clareza da comunicação.

c. "Quando a chuva começou, entrei para dentro." - pleonasmo.

A alternativa C nos apresenta um caso clássico de pleonasmo. O pleonasmo é a repetição desnecessária de uma ideia, com o objetivo de reforçar ou enfatizar a mensagem. No entanto, essa repetição acaba sendo redundante e viciosa, comprometendo a clareza e a concisão do texto. Na frase "Quando a chuva começou, entrei para dentro", a expressão "para dentro" é redundante, pois o verbo "entrar" já indica o movimento para o interior. A forma correta seria "Quando a chuva começou, entrei". Outros exemplos comuns de pleonasmo são "subir para cima", "descer para baixo" e "elo de ligação". O pleonasmo pode ser utilizado como recurso estilístico em alguns casos, com o objetivo de intensificar a expressividade do texto. No entanto, é preciso ter cuidado para não exagerar e tornar a mensagem cansativa e repetitiva. Em geral, o pleonasmo deve ser evitado, especialmente em textos formais e técnicos, onde a clareza e a objetividade são fundamentais.

A Resposta Correta Revelada

Analisando cada alternativa, fica claro que a correta é a c. "Quando a chuva começou, entrei para dentro." - pleonasmo. A redundância de "entrar para dentro" é um exemplo clássico de pleonasmo, um vício de linguagem que devemos evitar para uma comunicação mais clara e eficaz.

Ampliando Seus Conhecimentos sobre Vícios de Linguagem

Agora que você já sabe identificar um pleonasmo, que tal aprofundar seus conhecimentos sobre outros vícios de linguagem? Dominar esse assunto é fundamental para evitar erros comuns na escrita e na fala, e para garantir uma comunicação mais clara, precisa e eficaz. Além do barbarismo, do preciosismo e do pleonasmo, existem outros vícios de linguagem que merecem nossa atenção. Vamos explorar alguns deles:

  • Ambiguidade: Ocorre quando uma frase ou expressão pode ter mais de um sentido, gerando confusão e dificultando a compreensão da mensagem. Exemplo: "A Maria viu o Paulo correndo." Quem estava correndo, a Maria ou o Paulo?
  • Cacófato: É a formação de um som desagradável ou obsceno pela junção de duas palavras. Exemplo: "A boca dela." (bocadela)
  • Eco: É a repetição excessiva de sons semelhantes no final das palavras, tornando o texto monótono e cansativo. Exemplo: "O rato roeu a roupa do rei de Roma."
  • Gerundismo: É o uso excessivo e inadequado do gerúndio, criando frases longas e arrastadas. Exemplo: "Estaremos enviando o produto."
  • Solecismo: É o erro na sintaxe, ou seja, na concordância, regência ou colocação das palavras. Exemplo: "Houveram muitos problemas." (O correto é "Houve muitos problemas.")

Dicas Extras para Evitar Vícios de Linguagem

Para evitar os vícios de linguagem, é fundamental ter um bom domínio da norma culta da língua portuguesa, ler bastante e praticar a escrita com frequência. Além disso, é importante revisar seus textos com atenção, buscando identificar possíveis erros e ambiguidades. Outras dicas úteis são:

  • Consulte um dicionário sempre que tiver dúvidas sobre a grafia ou o significado de uma palavra.
  • Leia seus textos em voz alta para identificar possíveis cacófatos e ecos.
  • Evite o uso excessivo de gerúndio e procure substituir por outras formas verbais mais concisas.
  • Peça para outra pessoa revisar seus textos e identificar possíveis ambiguidades ou erros de concordância.
  • Esteja sempre atento às novidades da língua portuguesa e procure se manter atualizado sobre as mudanças nas regras gramaticais.

Conclusão: Dominando a Arte da Comunicação Eficaz

E aí, pessoal, curtiram o nosso mergulho no mundo dos vícios de linguagem? Espero que este artigo tenha ajudado vocês a entender melhor o que são esses vícios, como identificá-los e como evitá-los. Lembrem-se que dominar a norma culta da língua portuguesa é fundamental para uma comunicação clara, precisa e eficaz, tanto na escrita quanto na fala. E, claro, fiquem ligados para mais dicas e conteúdos sobre o universo da língua portuguesa! 😉

Até a próxima, pessoal! E bons estudos!